Faltando pouco mais de um mês para terminar o ano, mais de 16 mil casos da doença já foram contabilizados no município. Apenas no mês de novembro foram mais de 1500 diagnósticos positivos da epidemia que há vários anos castiga a população do Vale do Juruá.
Até o dia, 17 desse mês, mais de 777 pessoas haviam contraído malária em Cruzeiro do Sul. Uma das explicações da gerente local de endemias, Simone Daniel, é que com a chegada do período chuvoso aumenta o número de criadouros do mosquito anofelino que transmite a malária e consequentemente um maior número de pessoas são infectadas. Ela garante que o trabalho com coletas de laminas, diagnósticos e tratamento supervisionado é contínuo para tentar controlar a doença.
As áreas consideradas de risco que concentram o maior número de casos da doença estão situadas na zona rural do município, mas em alguns bairros da zona urbana a situação também já preocupa.
Simone explica que neste período do ano já é esperado um acréscimo de casos da doença, mas para que haja certo controle da situação é preciso à colaboração da população, evitando a presença de criadouros em seus quintais e permitindo que os agentes possam fazer o trabalho de borrifação nas residências. Outra medida de prevenção recomendada pelo governo é a utilização dos mosquiteiros impregnados que foram distribuídos nas áreas de risco da cidade.
A resistência ao tratamento, segundo Simone Daniel, também é um problema sério enfrentado pelos profissionais que trabalham no combate a malária, ela alerta que uma pessoa infectada que não toma a medicação de forma correta pode se tornar uma fonte de transmissão da doença inclusive para sua própria família.
Matéria do Jornal Tribuna do Juruá.
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