terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cobaias da Malária fazem protesto no Juruá - Cruzeiro do Sul defende servidores

CRUZEIRO DO SUL, AC – A enorme parede de vidro que separa os vereadores do público não impediu a ruidosa manifestação de agentes de endemias em atividade na maior região malária da Amazônia, durante a sessão ordinária noturna da Câmara de Vereadores. Apesar do sentimento de indignação de cada um, os servidores do Vale do Juruá não vaiaram ninguém, mas se acharam no direito de aplaudir o tempo todo, em voz alta, algumas vezes com gritos, as manifestações a respeito da situação da categoria.


A Saúde Estadual vem cortando o ponto desses servidores, sob alegação de que eles "não são agentes". E os substituem por pessoas sem experiência alguma no setor. O mais novo exonerado é Valdemilson Maia, que se viu obrigado a deixar a função este mês. Ele é o vice-presidente da Associação dos Servidores de Endemias do Vale do Juruá. Outro demitido, Roberto de Souza Lopes, 39, recebeu uma carta de recomendação. Para trabalhar aonde? Lopes saiu numa leva de 80 e não mais pôde retornar. O motorista Weligton da Silva, duas filhas, demitido há um ano, quer voltar já.

Agentes de endemia dedicam-se a promover a saúde preventiva dos moradores desta região brasileira na fronteira com o Peru. A sorte e os direitos de 432 deles continua nas mãos da chefe da Divisão de Endemias, Isanelda Magalhães. No entanto, ela está irredutível na função de exigir deles o máximo empenho – examinar 30 lâminas por dia –, sem levar em consideração as precárias condições de atuação dessa categoria, que não ainda não teve direito ao adicional por insalubridade. Segundo os agentes, Isanelda "parece mandar mais que o secretário de saúde".

Os agentes atendem a cerca de duzentas mil pessoas nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter e Rodrigues Alves. Após a sessão de quinta-feira à noite, aconselhados eles decidiram suspender a greve que fariam a partir desta segunda-feira, na expectativa de que o governo cesse as demissões no setor e reconduza os exonerados às funções. Se isso não ocorrer, eles paralisarão o atendimento. Pelo que constatou a Agência Amazônia, com o apoio do comércio e da população, que demonstram insatisfação com a atitude do governo estadual. O taxista José Firmino, 37, aposta: "O governo vai perde todos os eleitores dessas famílias prejudicadas".

Cobaias humanas

Em 2008, cobaias utilizadas em pesquisas de captura de anofelinos (mosquitos transmissores da malária) denunciaram a falta de equipamentos de proteção, jornadas excessivas, noite e madrugada adentro, e o pior: foram atacados pela doença. Teve início, então, uma série de perseguições políticas aos servidores que revelaram ser vítimas dessas experiências.

Concursos provisórios já duram dez anos. Os agentes, que recebem salários mensais em torno de R$ 400, reivindicam o cumprimento da Emenda 51, segundo a qual gestores locais do Sistema Único de Saúde poderão admitir agentes comunitários e de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.

"Eles podem ser efetivados sim, desde que respondam a prova oral, obedecendo ao processo seletivo", defendeu a deputada Idalina. Com ela, também participaram da sessão os deputados federais Gladson Cameli (PP-AC) e Fernando Melo (PT-AC). Todos se dispuseram a conversar esta semana com os procuradores-chefes do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal, e o secretário estadual de saúde, Osvaldo Lea, em busca de uma saída para o impasse.

A Associação dos Servidores queixa-se também aos parlamentares da postura da subsecretária de Saúde na região, Kátia Cristina Messias. Segundo eles, ela é omissa. "Ela poderia evitar o desemprego no setor, analisando caso a caso para evitar injustiças". O desaparecimento de duas peças de microscópio transformou-se em inquérito policial. Agentes foram acusados, mas adiantaram aos vereadores que pedirão provas à subsecretária e não descartam um processo judicial contra a Saúde.

"Na Justiça Federal não se consegue nada, mesmo quando está claríssima a atitude ilegal da Saúde, ao obrigar esses servidores a assinar documentos em branco", lamenta a advogada dos exonerados, Cecília Lanza. "Tanto quanto pior são os salários rebaixados", diz.

"Governo não quer se corrigir"

Em Nova Iguaçu (RJ), a Justiça Federal e o Ministério Público decidiram aceitar a interpretação de análise de currículo para a efetivação do agente de endemia. A efetivação de servidores da área de endemias no quadro do funcionalismo público é uma luta antiga. Recentemente, em Cuiabá (MT), o desembargador Márcio Vidal manteve a decisão favorável para os agentes, determinando a formação de uma Comissão de Certificação para verificar as condições iniciais de efetivação. A Prefeitura não respeitou a decisão.

"O governo age como nazista; erra e não quer corrigir o erro", criticou a deputada Idalina Onofre (PPS) na sessão ordinária da Câmara. "Já encontramos pessoas cegas depois de usarem o abate (larvicida para combater o mosquito). Emocionado na tribuna, o agente João Pedrosa Neto disse que a lei favorece a categoria e desafiou o senador e médico Tião Viana (PT-AC) a debater com eles a situação. "Como é possível uma lei exclusivamente criada para amparar agentes e, mesmo sabendo-se que é aplicada em outras regiões brasileiras, se auto-anula no Acre?", questionou.

Região teve 886 casos de malária em maio

CRUZEIRO DO SUL – Só neste município a malária falciparum fez 886 vítimas em maio deste ano. Em janeiro de 2006 somaram-se 6.941 casos. É raro encontrar grandes contingentes de resistentes à doença, porque ela ataca a todos, indistintamente.

"Quando a gente entra nos ramais fica sem acesso a nada. Visitamos todas as casas e conhecemos todas as famílias e vítimas da doença", relata Luiz Lopes da Silva, 43 anos, há 22 nessa área. Ele trabalha desde os tempos das extintas Sucam e FNS. "Há dez anos esperamos que a situação melhorasse, não apenas no salário, mas no respeito ao nosso trabalho", ele diz. Mesmo assim, tudo é feito com carinho. "A gente tenta mostrar que não basta examinar uma quantidade enorme de lâminas, mas apresentar a certeza do que os exames de cada uma representam para a estatística", acrescenta.

A malária é a mais importante doença parasitária dos trópicos com uma população de risco que corresponde a 32% da população mundial. Estima-se em 300 milhões o número de pessoas infectadas, 120 milhões de casos novos e cerca de um a dois milhões de óbitos por ano.

"Aqui é todo tempo na peia", queixa-se o presidente da Associação, Carlos Moura. Refere-se ao tratamento agressivo ao ser humano, um combinado de drogas à base de mefloquina e artesunato sódico. A diidro-artemisinina, o meio-éster do ácido succínico, forma o sal sódico conhecido como artesunato, que tem demonstrado efetividade em estudos clínicos feitos em diferentes países. (M.C.)

 Agentes ajudam a detectar elefantíase em Cruzeiro do Sul

CRUZEIRO DO SUL – Dez e meia da manhã de sexta-feira. O repórter vê uma mulher franzina com um inchaço gigantesco no pé direito. Ela está na frente do Hotel Plínio, perto de um vendedor de pastéis. Pergunto ao presidente da Associação, Carlos Sérgio de Moura, 32, o que é aquilo. "Elefantíase", ele responde.

Carlos passa a relatar a importância do trabalho do agente de endemia: "O zelo e o conhecimento que adquirimos ao longo do tempo possibilita detectar outras doenças, num simples exame de lâmina". Exemplificou: "A filariose linfática, causadora da elefantíase, é uma delas. Coloca em risco um bilhão de pessoas em todo o mundo". No Brasil, ela é transmitida apenas pela picada da fêmea do mosquito Culex quinquefascitus.

Mais de 120 milhões de pessoas sofrem da doença, das quais, mais de 40 milhões se encontram gravemente incapacitados ou apresentam deformações. A filariose é causada por um helminto (verme) longo e delgado, a filaria Wuchereria bancrofti, do gênero Anopheles, único agente na África e nas Américas. Os outros agentes patogênicos são a Brugia malavi (na China, Sudeste Asiático, Indonésia, Filipinas e sul da Índia) e a Brugia timori (na ilha do Timor) são do gênero Mansonia.

O agente Pedrosa Neto demonstrou o funil em que se encontram os agentes de endemia do Juruá, considerados por diversos médicos e pesquisadores, "verdadeiros especialistas em malária". "Com relação ao sistema, estamos sendo extintos; com relação ao social, somos discriminados", protesta. "A duras penas combatemos uma peste que assola a nossa sociedade, mas vemos os nossos valores diminuídos, a ponto de desaparecerem", lamenta. (M.C.)

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Redação

montezuma@agenciaamazonia.com.br

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Câmara aprova PEC que prevê piso salarial para agentes de saúde

A Câmara dos Deputados aprovou por 382 votos a favor e nenhum contrário, em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a definição, por lei, de piso salarial para os agentes de saúde e das diretrizes para os planos de carreira da categoria.

A PEC ainda precisa ser votada em segundo turno antes de ser encaminhada à apreciação do Senado.
De acordo com o deputado Maurício Rands (PE), vice-líder do PT e um dos grandes defensores da medida, a proposta prevê a inclusão na Constituição de diretrizes para o plano de carreira da categoria, além de prever que a União terá que complementar os recursos necessários aos municípios para o pagamento do piso salarial nacional .
Essa PEC é um grande avanço para fortalecer uma categoria que leva saúde aos lares brasileiros.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Em Natal Agentes de Endemias Efetivados Comemoram Reajuste Salarial Concedido pela Prefeitura

Cerca de 80 agentes de saúde e endemias estiveram presentes na tarde desta quarta-feira (24), em uma solenidade no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão, para a assinatura do acordo entre o Sindicato dos Agentes de Saúde do Rio Grande do Norte (Sindas) e Prefeitura do Natal que estabelece o cronograma de reajuste salarial. “Os agentes são a base, se não conseguimos valorizá-lo, não se pode falar em valorização da saúde. Estamos fazendo justiça com eles. Agora vamos ter um salário digno que é o segundo maior do Brasil, perdendo apenas para Brasília. A prefeitura está dizendo que acredita e confia nestes profissionais. Não é um gasto é um investimento para a cidade em saúde”, afirmou a chefe do executivo natalense.


“Quero dizer que nos empenhamos, a secretaria Municipal de Saúde e a prefeita, para melhorarmos os indicadores e implantar novos critérios de avaliações de desempenho de cada unidade e distrito. Foi necessário deslocar recursos de outros locais, mas não estamos gastamos, estamos investindo”, afirmou a secretária de Saúde, Ana Tânia Sampaio.

“Este reajuste é muito importante para a classe, agora vamos ter um salário bastante significativo e vai ajudar nos ajudar bastante,”, comentou Luciano Silva, que atua há 6 anos como agente de endemias. “Quando eu entrei aqui para ser agente, ganhava R$ 120 há 13 anos e a partir de janeiro já vou ganhar R$ 850 e isso é tudo de bom”, complementou a agente de saúde Edinalva Mariano.

“É com imensa satisfação que estamos hoje comemorando um fato inédito para os agentes de saúde e endemia. Esta é uma alegria que há muito tempo que os agentes não tinham, um reajuste como esse foi o maior da história dos agentes comunitários e de endemia. O reajuste representa a conquista dos 1.106 agentes do município, dentre os agentes de saúde e endemias. Éramos trabalhadores precarizados sem direito a nada e o trabalho de nossa categoria é importante para a vida da população”, enfatizou o presidente da Sindas, José Salustino.

O reajuste salarial será feito em três parcelas iguais de R$ 106, que serão pagas em julho, outubro deste ano e em janeiro de 2010. Os agentes que recebem hoje o salário de R$ 532 passarão a receber R$850, um reajuste de quase 60%.

O Sindas foi criado em 21 de agosto de 2008 a partir da necessidade da categoria em ter representação sindical. Esta foi a primeira vez que a categoria conseguiu um reajuste salarial significativo. Segundo o secretário do sindicato, Cosmo Mariz, desde a efetivação na carteira de trabalho, que ocorreu no dia primeiro de agosto de 2007, os profissionais lutam por melhores salários, já que é a única categoria que não possui gratificação.

Em 2007, o reajuste salarial foi de R$ 28 e no ano seguinte R$ 74. Agora os agentes contarão com um aumento de R$ 318.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Advogado vai buscar direitos de ex-agentes de endemias

Em reunião o advogado Ricardo Carneiro especialista em causas trabalhistas, orientou os agentes demitidos sobre as medidas judiciais a serem adotadas.
Durante a semana passada, os 230 agentes de endemias de Cruzeiro do Sul que trabalhavam principalmente no combate a malária e foram demitidos pelo Governo do Estado, estiveram reunidos na sede do Sintesac (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Ace) para decidir quais as medidas que serão adotadas contra a decisão do governo. No encontro, eles foram orientados pelo advogado Ricardo Carneiro sobre as possíveis medidas judiciais a serem adotadas.

O governo alegou que as demissões foram necessárias para a regularização do ato administrativo que contratou os agentes temporariamente e pudesse realizar um concurso público. Novos agentes foram contratados por meio de uma fundação. O número de agentes foi reduzido quase pela metade, mesmo a região ainda vivenciando uma epidemia e o número de casos de malária aumentando cada vez mais.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Classe de Endemias do Vale do Juruá Reunio-se na Última Segunda Feira com o Deputado José Luiz Tchê do (PDT).


Reunião no prédio do Sintesac no município de Cruzeiro do Sul na última segunda feira dia 07-12-2009, reuniu a classe de Endemias do Vale do Juruá, em uma mesa composta pelo deputado estadual José Luiz Tchê do (PDT), Idalina Onofre do (PPS) e um assessor político de Sérgio Petecão (PMN), onde vários temas foram abordados, muitos desses tema fora direto ao deputado Tchê, temas esses: demissão em massa de 510 servidores das Endemias do Juruá, Irregularidade na demissão, sem documentos onde um simples comunicado verbal foi responsável por varias demissões, repasse ao INSS dos descontos em folha aonde a secretaria de saúde não repassava os proventos a previdência social e vinculo que a classe tem com a lei federal 11.350.

O que diz a Lei Federal LEI Nº 11.350, DE 5 DE OUTUBRO DE 2006? A Lei diz que não é permitido demitir e nem admitir sem efetivar o processo de regulamentação trabalhista dos agentes de endemias. Ela acabou com um histórico de manipulação de trabalhadores, que era constante, devido à grande rotatividade de contratações

O deputado Luis Tchê esteve na última sexta-feira, no programa Gazeta Entrevista, liderado pelo jornalista Allan Rick. Na entrevista, Luiz Tchê, comentou sobre os avanços na saúde pública. Quer dizer que para ele a demissão de 510 servidores das Endemias, pais de famílias é AVANÇO a uma região endêmica como e o Vale do Juruá, sem apoio logístico de agentes de Endemias que há muitos anos vem desempenhando um trabalho sobre humano, recebendo um salário de fome e mesmo assim, esse deputado diz que a saúde passa por grandes avanços, uma vergonha dita por um parlamentar eleito pelo voto publico. Aonde sua prioridade é defender, o bem esta da população como um todo.

Reprotagem: malariaac.blogspot.com
                    malariaac@gmail.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sesacre promove 1ª reunião Integrada de Avaliação das Doenças Transmitidas por Vetores


 Avaliar as ações realizadas para controle das doenças transmitidas por vetores, fomentar novas estratégias e buscar o fortalecimento das ações de forma articulada com os três níveis de gestão (estadual, municipal e Federal) são os objetivos da 1ª Reunião Integrada de Avaliação das Doenças Transmitidas por Vetores no estado (malária, dengue, leishmaniose, doenças de chagas e febre amarela).


O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e ocorre de 25 a 27 de novembro, no Teatro Hélio Melo, das 8h às 12h e das 14h30 às 18 horas. Participam técnicos das secretarias municipal e estadual de saúde, bem como gestores , que terão toda a atenção voltada para a apresentação dos resultados recentes sobre os indicadores dessas doenças.

Segundo a gerente estadual da Divisão de Endemias, Izanelda Magalhães, o foco prioritário do evento é o controle da malária e da dengue, "durante esses três dias haverá discussões acerca das ferramentas de prevenção, como é o caso dos mosqueteiros impregnados", enfatiza.

Excelente materia so queremos ver, se gerente estadual da Divisão de Endemias, Izanelda Magalhães, vai conseguir tal feito sem o quadro de efetivos, pois lebrando, mais de 400 agentes de Endemias formam mandados embora, houver uma redução do quadro em 80%, canalisse, em pela crise administrativa, pessoas inescrupulosas, como essa gerente de divisão de Endemias, Izanelda Magalhães, ganhar creditos com essa termenda injustiça, a imprensa não dorme estamos, ai, de olhos bem abertos.

Por Djahnaine Oliveira/Assessoria Sesacre

Reportagem: malariaac@gmail.com

Petecão Repudia Demissão de Agentes Comunitários


Com a paralisação das ações de saúde em virtude das demissões, voltou acrescer o número de doenças tropicais, sobretudo a malária.


Indignado com as notícias da demissão de mais de 600 agentes comunitários em todo o Estado, o deputado Sérgio Petecão (PMN) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados em Brasília, na terça-feira, 8, para protestar contra a medida do Governo Estadual que considera, "um desrespeito com quem sempre defendeu a saúde pública e chegou até a ser prejudicado por isto". O deputado se referiu a muitos agentes comunitários da antiga Sucam que foram contaminados pelo uso impróprio do DDT no combate às endemias rurais em todo o Acre.

O deputado lembrou que foram demitidos mais de 300 pais de famílias só nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Tarauacá e Rodrigues Alves, justamente os mais atingidos pela malária e dengue. De acordo com as informações locais, com a paralisação das ações de saúde em virtude das demissões, voltou acrescer o número de doenças tropicais, sobretudo a malária. Segundo o deputado, durante a campanha eleitoral de 2006 o Governo do Estado prometeu efetivar os agentes comunitários - alguns seriam contratados como agente de endemias, outros no Programa Saúde do Produtor".

No final, segundo Petecão, foram todos demitidos verbalmente "sem qualquer aviso prévio". De acordo com relatos dos agentes, foram demitidos pais de família até com atestado médico de 90 dias. O parlamentar destacou ainda que na maioria dos estados o agente comunitário foi efetivado," mas no Acre o agente acabou sendo prejudicado". Segundo informações, foi realizado ainda um concurso público para admitir provisoriamente os agentes através do Pró-Saúde. Detalhe: os aprovados ficarão no emprego se ,na visão dos contratantes- ou seja, o Governo do Estado - estiverem trabalhando de acordo com as regras estabelecidas. Pelas denúncias, existe gente trabalhando no Pró-Saúde sem sequer ter sido aprovado no concurso público.

De acordo com Petecão, os agentes comunitários assinaram contratos anuais e descontavam INSS. Segundo denúncia corrente, no entanto, a contribuição não foi repassada para a Previdência. O deputado afirmou que a causa dos agentes comunitários,alguns com até 10 anos de serviço, é justa e que vai exigir das autoridades uma resposta às denúncias e uma solução ao problema. "Já encaminhei as reivindicações os afetados pelo DDT à Funasa, ao Ministério Público Federal e ao Ministério da Saúde", disse o deputado

Jairo Carioca - Da redação de ac24horas

Idalina classifica demissão de agentes de endemias do Juruá como “palhaçada”


Deputada cruzeirense diz que existe hoje no Acre um neo-coronelismo de barranco imposto pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Em um duro pronunciamento feito da tribuna da Assembléia Legislativa, a deputada Idalina Onofre (PPS) classificou como uma "verdadeira palhaçada" a demissão dos agentes de endemias do Vale do Juruá. De acordo com a parlamentar, os agentes foram demitidos através do comunicado do secretário de Saúde daquela região.


"Os servidores receberam a notícia verbalmente em frente ao prédio da Funasa. Vejo, então, que os agentes não são mais importantes que a malária e a dengue no Estado. Eles foram demitidos sem a apresentação de nenhum documento, o que é uma palhaçada", revelou indignada a deputada.

Segundo Idalina, as leis que amparam os agentes de endemias não estão sendo respeitadas. Ela salientou que os trabalhadores prestaram concurso e foram aprovados em processo seletivo para atuar na área, tendo, portanto, assegurados em lei todos os seus direitos.

"Da forma como estão sendo tratadas coisas, aqui no Acre não existem mais leis. Sabemos que aqui existe um neocoronelismo de barranco imposto pelo PT e pelos irmãos Viana. Na época dos coronéis de barrancos os seringueiros eram dispensados de uma hora para outra. Mas, hoje em dia não era para funcionar assim. Cadê a Justiça do Trabalho?", questionou Idalina.

A parlamentar informou que vai ingressar com uma ação no Ministério Público Federal pedindo que o governo apresente um documento informando a demissão dos agentes de endemias, para que se encontre uma forma de tomar providências legais contra a medida em Brasília.

"Quero ter em minhas mãos a cópia do edital do concurso, a cópia do contrato dos funcionários, que foram inclusive contratados com a verba errada. O governo terá que pagar pelos erros cometidos nesta questão. Faço um apelo ao deputado Luís Tchê, para que a comissão de Saúde da Aleac se dirija ao Vale do Juruá para tomar providências com relação ao caso, porque os agentes de endemias estão sendo jogados no lixo e tratados como bichos", concluiu a deputada.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Agentes de Endemias Procuram Deputada do Acre

Agentes de Endemias dos municípios de Mâncio Lima e Rodrigues Alves, procuraram, a parlamentar Idalina Onofre eleita com o voto popular, sendo a única parlamentar que ouvem e expõem na tribuna estadual, a situação da classe de Endemias. Reunião dada no dia 05/12/09, sexta feira passada por volta das 9:30hs, em Mâncio Lima, e Rodrigues Alves as 12:15hs, fora discutido, sobre o tempo de serviço que cada agente tinha, uns com 10 anos, outros com 5 anos. Em relato a imprensa seu João Agente Endemias de Mâncio Lima, disse que, era uma covardia o que a secretaria estadual de saúde fez, demitir em massa 510 servidores de combate as endemias do Vale do Juruá, João relata também que, malária doença infecto contagiosa, não e uma doença fácil de controlar, o que diriam combater ainda mais com um efetivo pequeno, destreinado e sem qualquer afinidade com a população, como o da Pro- Saúde (Empresa Particular).


Antes de sermos injustamente demitidos, já havíamos constado um grande crescimentos no número de doentes por malaria em nosso município, o que nos preocupa muito, pois um inicio de surto endêmico já havida começado, sabendo que, a malaria se propaga muito rápido, estamos nos meses mais cruciais da doença, são os períodos chuvosos, que e de predominância da região Amazônica.

O Agente João ressalta, para entrarmos fizemos concurso publico, com provas de títulos e prova oral classificatória, para sermos demitidos, teríamos que passar por processo de demissão justa, não o que houve, simplesmente os gerentes regionais, no dia 01-12-09, as 9:00hs da manhã comunicaram verbal que, estávamos demitidos e pronto, nos mandou embora, aqueles que já tinham ido para o campo, foram avisados, horas depois por falta de comunicação, sendo locais de difícil acesso.

Reportagem: malariaac@gmail.com

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Servidores das Endemias demitidos pela SESACRE fazem apelo na Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul

CRUZEIRO DO SUL - A última sessão ordinária de 2009 na Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul, foi marcada pelos protestos dos agentes de endemias que foram demitidos pelo Governo do Estado no início da semana passada. ''Por que não deixaram passar até o dia 30 de Dezembro, para que esses pais pudessem comprar uma alimentação digna para seus filhos no Natal?, indagou o representante dos mais de 230 funcionários temporários demitidos.

A região amazônica concentra 99% da transmissão de malária no País.

Desde o início do ano, a categoria vinha reclamando e protestando contra o Estado, por conta da falta de garantias do contrato temporário. Alguns agentes, entre os quais cobaias em pesquisas com anofelinos, feitas pela Secretaria Estadual de Saúde, têm mais de dez anos de serviço. Os servidores demitidos vão apelar aos parlamentares federais acreanos.

Os vereadores garantiram que vão apoiar o movimento dos servidores demitidos. O presidente da Câmara, vereador Gilvan Freitas (PMDB) afirmou que ''demos todo o suporte jurídico necessário... acho que a casa deu a contribuição que pôde... Infelizmente são poderes diferentes... quem deve legislar quanto ao Estado são os nossos deputados''. Segundo Freitas, os vereadores vão convidar os deputados estaduais do Juruá a ajudá-los.

Reportagem: ( http://www.juruaonline.com.br/)
AGÊNCIA AMAZÔNIA contato@agenciaamazonia.com.br

domingo, 6 de dezembro de 2009

230 Servidores demitidos pela Endemias protestam no Juruá





Foram mais de 230 agentes temporários demitidos
CRUZEIRO DO SUL - Só em Cruzeiro do Sul, mais de 230 agentes de Endemias foram demitidos na manhã de terça-feira. Os agentes temporários vinham realizando protestos desde o lançamento de Edital do concurso público realizado pelo Governo do Estado para efetivar profissionais na área. Um dos agentes demitidos, James Herculano, descreve o sentimento geral dos funcionários que perderam seus empregos: ''como todos os agentes, pai de família, a gente fica revoltado com essa decisão... tem gente com 10, 8, no meu caso 6 anos... e o Governo sem nenhum mérito demite a gente''. Eles se queixam da falta de flexibilidade que o Governo teria demonstrado: ''a negociação que teve aqui foi dizer... ''tá todo mundo demitido''.
''Um presente malvado'' - vereador tucano critica o Governo do Estado
Para o vereador Romário Tavares (PSDB), ''... o povo do Juruá, o povo do Acre recebe do Governo do Estado um presenta malvado''. O vereador tucano se mostrou solidário a ''esses heróis que são os agentes de endemias da malária... que trabalharam tanto para baixar os casos de malária...''.
Ele também manifestou indignação com a situação porque ''o Governo nem sequer manda um documento... um secretário... pra vir conversar com esses pais de família''.

Dura lex sed lex: os limites da lei e o fortalecimento da iniciativa privada regional como única solução perante o enxugamento da máquina pública
Diz uma antiga expressão latina: dura lex sed lex - em outras palavras: a Lei é dura, porém é Lei. Esse ditado descreve bem a medida que o Governo do Estado foi obrigado a tomar. Apesar da atitude ser extremamente impopular e certamente inconveniente por dar-se às vésperas do Natal, os gestores estaduais estão tomando as medidas cabíveis perante a Lei, que prevê que funcionários públicos devem ser concursados para exercer a função. É certo que ainda existe um grande número de servidores temporários em diversos setores do Poder Público no Acre. No entanto, para que se garanta o funcionamento regular do Estado e para que os próprios direitos trabalhistas sejam resguardados, essa situação tem que ser enfrentada firme e sistematicamente por meio da realização de concursos. Se o direito de protestar é legítimo, assim também é o papel de Estado de fazer cumprir as leis da administração pública.
Infelizmente ainda persiste no Juruá a cultura de que o Poder Público deve prover empregos para o maior número possível de pessoas. No entanto, a modernização da gestão e os próprios impedimentos legais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, estão colocando um ponto final drátstico nessa cultura. O momento é oportuno para uma reflexão mais ampla e ações efetivas, visto que o problema dos pais de família que ficaram sem emprego deve ser resolvido de alguma forma. Uma opção democrática e inteligente é que os próprios servidores se manifestem de forma organizada e pacífica para pressionar os gestores a criar, junto à iniciativa privada, novas oportunidades de empregos e empreendimentos na cidade.','').
(Reportagem: Portal JuruáOnline - http://www.juruaonline.com.br/).